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Cirurgia bariátrica

Balança

De 2011 até 2018 o Brasil realizou 424.682 cirurgias bariátricas, segundo balanço feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM). O procedimento, que é indicado em caso de obesidade grave, ocorre quando se esgotam todos os outros protocolos de tratamento.

Entretanto, segundo a SBCBM, o índice é muito baixo ao compararmos o número de brasileiros que são elegíveis para a cirurgia bariátrica. Estima-se que 13,6 milhões de brasileiros precisem do procedimento.

Mais do que o procedimento cirúrgico, esse protocolo de abordagem terapêutica envolve um acompanhamento multidisciplinar com atendimento psicológico, endocrinológico e nutricional.

Além de querer fazer a cirurgia bariátrica, o paciente precisar estar apto para tal, pois o organismo passará por uma drástica mudança e serão necessários tratamentos medicamentosos para suprir deficiências de nutrientes que podem surgir após a intervenção.

Saiba a seguir o que motiva a crescente realização de cirurgia bariátrica no Brasil e demais cuidados indispensáveis antes, durante e depois do procedimento.

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Obesidade no Brasil

Dados do Ministério da Saúde por intermédio da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018 apontam que mais da metade da população brasileira encontra-se acima do peso, sendo 19,8% na faixa de obesidade.

O tratamento da obesidade e a cirurgia bariátrica infelizmente são vistos com preconceito, até mesmo pelos profissionais da saúde e pelos pacientes. É importante saber que a obesidade vai muito além do sedentarismo e da má alimentação. Hábitos de vida ruins estão relacionados ao ganho de peso, porém fatores genéticos, hereditários e psicológicos também colaboram para o desenvolvimento da doença.

Inclusive, indivíduos que comem de forma correta e se exercitam podem ter muita dificuldade em diminuir os dígitos na balança e manter-se longe de doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

Os benefícios da cirurgia bariátrica vão muito além da perda de peso, promovendo também melhora da qualidade de vida, remissão de doenças crônicas e redução de mortalidade relacionada à obesidade. Entenda mais sobre a cirurgia bariátrica, seus tipos e todos os cuidados envolvidos no tratamento.

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Como é feita a cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica pode ser dividida em alguns subtipos, a depender da técnica utilizada:

  • Cirurgia restritiva: restringe a quantidade de alimento capaz de ser recebido pelo estômago;
  • Cirurgias disabsortivas: desvia segmentos do intestino delgado, o que altera a capacidade de absorção dos alimentos;
  • Cirurgias mistas: é a junção da técnica restritiva com a disabsortiva. Hoje, é considerado o procedimento padrão ouro em cirurgia bariátrica.

Dentro dessas técnicas estão as seguintes cirurgias:

  • Bypass Gástrico;
  • Gastrectomia Vertical;
  • Banda gástrica ajustável;
  • Duodenal Switch.

A metodologia é definida pelo cirurgião bariátrico em conjunto com o endocrinologista, com base na necessidade do paciente e nas suas condições de saúde.

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Qual é o peso mínimo para fazer a cirurgia bariátrica?

O peso varia de acordo com o paciente. A determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM) é com base no Índice de Massa Corpórea (IMC) do indivíduo.

Os critérios para realização de cirurgia bariátrica são obesidade com IMC acima de 40 kg/m2 ou obesidade com IMC acima de 35 kg/m2, associado a outros problemas de saúde relacionados ao excesso de peso, como pressão alta, diabetes, doenças do coração, entre outros. Os pacientes com obesidade que se enquadram nos critérios acima precisam ter esgotado todas as outras formas de tratamento para perda de peso, como mudança de hábito alimentar, prática de exercícios físicos e tratamentos medicamentosos por um período mínimo de dois anos.

Acompanhamento endocrinológico no pós-operatório

É muito comum que pacientes com indicação de realizar a cirurgia de redução de estômago não tenham a percepção de todos os cuidados envolvidos antes, durante e após a intervenção cirúrgica.

Todo e qualquer indivíduo submetido a uma cirurgia bariátrica deve fazer acompanhamento contínuo junto a um endocrinologista. A cirurgia impacta diretamente a absorção de nutrientes pelo organismo, pode acarretar intolerâncias alimentares e colaborar no aparecimento de episódios de hipoglicemia e dumping.

Esse é o médico que acompanhará a evolução da perda de peso do paciente, a necessidade de suplementação vitamínica e até hormonal, tudo para que a perda de peso siga saudável e o paciente tenha vida normal.

O endocrinologista vai tratar ainda das doenças relacionadas à obesidade como o diabetes e a hipertensão — as mais comuns — sempre com o intuito de reestabelecer a plena saúde deste indivíduo após a cirurgia bariátrica.

Fonte:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM).