A tireoidite é uma inflamação da glândula tireoide que pode causar desequilíbrios hormonais e impactar a saúde. Conheça as principais causas, sintomas e como é feito o tratamento dessa condição. Saiba quais são os fatores de risco e como proteger sua saúde. Entenda mais sobre esse assunto!
A tireoidite é uma inflamação na glândula tireoide que pode ter diversas causas, incluindo fatores autoimunes, infecções virais e efeitos colaterais de medicamentos.
Essa condição pode levar a alterações hormonais, causando hipotireoidismo ou hipertireoidismo temporário ou permanente.
A tireoidite de Hashimoto, uma das formas mais comuns, afeta milhões de pessoas no mundo, especialmente mulheres. Os sintomas variam desde fadiga e discreto ganho de peso até palpitações e ansiedade, impactando a qualidade de vida.
Neste artigo, abordaremos as principais causas de tireoidite e fatores de risco associados, como essa condição afeta a saúde e os sintomas mais comuns, além das abordagens para diagnóstico e tratamento. Leia até o final e saiba mais!
Principais causas da tireoidite e fatores de risco associados
A tireoidite pode ter diferentes causas, dependendo do tipo e do mecanismo da inflamação. Algumas das principais origens dessa condição incluem:
- Doenças autoimunes: A tireoidite de Hashimoto é a forma mais comum e ocorre quando o sistema imunológico produz auto anticorpos que agridem a glândula tireoide. Mais comumente, resulta em hipotireoidismo, mas alguns pacientes podem ter uma fase de hipertireoidismo.
- Infecções virais: A infecção viral pode desencadear uma resposta inflamatória na tireoide, levando à liberação de hormônios tireoidianos armazenados na glândula. Vírus da gripe (influenza), coxsackie e adenovírus são alguns exemplos de vírus que podem desencadear tireoidites.
- Infecções bacterianas: Menos comum, podendo ocorrer em pacientes com comprometimento do sistema imunológico.
- Uso de medicamentos: Alguns remédios, como a amiodarona e interferons, podem causar inflamação na glândula tireoide.
- Deficiência ou excesso de iodo: O iodo é essencial para a produção dos hormônios tireoidianos, mas seu desequilíbrio pode causar inflamação na glândula.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de tireoidites, destacam-se predisposição genética, sexo feminino (as mulheres são mais afetadas), idade acima de 30 anos e histórico de doenças autoimunes. Identificar as causas é essencial para definir a melhor abordagem de tratamento e evitar complicações a longo prazo.
Como a tireoidite afeta a saúde e quais são os sintomas mais comuns
A tireoidite pode impactar o organismo de diversas formas, dependendo do tipo e da gravidade da inflamação. Seus efeitos na saúde incluem:
- Alterações hormonais: A inflamação pode causar um aumento temporário dos hormônios tireoidianos (hipertireoidismo) e, posteriormente, uma queda, resultando em hipotireoidismo.
- Comprometimento do metabolismo: O funcionamento inadequado da tireoide pode levar a ganho ou perda de peso, fadiga intensa e sensação de frio ou calor excessivo.
- Problemas cardiovasculares: A variação dos hormônios pode afetar a frequência cardíaca, provocando palpitações e aumento da pressão arterial.
- Sintomas psicológicos: Ansiedade, depressão, irritabilidade e dificuldade de concentração são comuns em pacientes com disfunções tireoidianas.
Os sintomas variam conforme o estágio da doença e a causa da tireoidite. Na tireoidite subaguda dolorosa, que pode ocorrer após uma infecção viral, dor no pescoço, febre e desconforto ao engolir podem surgir no início do quadro. Os casos de tireoidite aguda, causada por infecções bacterianas, também podem evoluir com febre e dor cervical. Já as tireoidites autoimunes e as secundárias ao uso de medicamentos não costumam cursar com dor na glândula tireoide.
Ao longo da evolução da tireoidite, os pacientes podem ter sintomas de hipertireoidismo (agitação, tremores, palpitações, ansiedade, insônia, perda de peso e diarreia) ou de hipotireoidismo (sonolência, letargia, dificuldade de concentração, irregularidade menstrual na mulher, constipação intestinal, inchaço, entre outros).
O acompanhamento médico é fundamental para que o diagnóstico correto seja estabelecido e para evitar que esses sintomas comprometam a qualidade de vida.
Abordagens para diagnóstico e tratamento da tireoidite
O diagnóstico da tireoidite envolve exames clínicos e laboratoriais para avaliar a função da glândula tireoide e identificar a causa da inflamação. Entre os principais métodos estão:
- Exames de sangue: Avaliam os níveis dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) e do hormônio estimulante da tireoide (TSH).
- Teste de anticorpos: Indica se a causa da inflamação é autoimune, como na tireoidite de Hashimoto.
- Ultrassonografia da tireoide: Permite visualizar alterações estruturais na glândula.
- Cintilografia da tireoide: Avalia a captação de iodo pela tireoide para determinar sua função.
O tratamento depende do tipo de tireoidite. No caso da tireoidite autoimune, pode ser necessário o uso de reposição hormonal com levotiroxina para corrigir o hipotireoidismo. Já as formas transitórias, como a tireoidite subaguda, podem ser tratadas com anti-inflamatórios para controle de dor e betabloqueadores para controle temporário dos sintomas de hipertireoidismo.
Em casos raros, pode ser necessária cirurgia para remover a glândula tireoide. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a evolução da doença e evitar complicações.
Saiba mais: Tireoide e metabolismo – entenda essa relação.
Referência: Pearce EN, Farwell AP, Braverman LE. Thyroiditis. N Engl J Med. 2003 Jun 26;348(26):2646-55. doi: 10.1056/NEJMra021194. Erratum in: N Engl J Med. 2003 Aug 7;349(6):620. Available from: https://doi.org/10.1056/nejmra021194
