Adenoma adrenal funcionante e não funcionante: qual a diferença?

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Adenoma adrenal funcionante e não funcionante: qual a diferença?

O adenoma adrenal é um tumor benigno da glândula adrenal, que pode ou não produzir hormônios em excesso. Entender a diferença entre adenoma funcionante e não funcionante é essencial, já que essa classificação define a necessidade de tratamento e o impacto na saúde. Entenda mais sobre esse assunto!

Ilustração do corpo humano destacando os rins e as glândulas adrenais, com foco na localização e anatomia desses órgãos.

O adenoma adrenal é um tumor benigno que se forma nas glândulas adrenais, localizadas acima dos rins. Essa condição é relativamente comum e frequentemente descoberta de forma incidental em exames de imagem realizados por outros motivos. 

A grande maioria dos adenomas adrenais não produz hormônios, sendo considerados não funcionantes e, geralmente, inofensivos. 

No entanto, alguns podem ser funcionantes, ou seja, produzem hormônios em excesso, o que pode gerar desequilíbrios importantes no organismo, como hipertensão, diabetes e ganho de peso. 

Neste artigo, abordaremos o que é um adenoma adrenal e por que ele surge, a diferença entre adenoma adrenal funcionante e não funcionante e quando é necessário tratar e quais são as opções disponíveis. Leia até o final e saiba mais!

O que é um adenoma adrenal e por que ele surge

O adenoma adrenal é um tumor benigno que se desenvolve nas glândulas adrenais, responsáveis pela produção de hormônios essenciais, como cortisol, aldosterona e adrenalina. 

Esse tipo de tumor é relativamente comum, especialmente em pessoas acima dos 50 anos, e costuma ser identificado de forma incidental durante exames como tomografia ou ressonância magnética.

As causas exatas para o surgimento dos adenomas adrenais não são completamente conhecidas, mas alguns fatores estão associados, como:

  • Envelhecimento;
  • Histórico familiar de doenças endócrinas;
  • Condições genéticas.

Na maioria dos casos, esses tumores são pequenos, com menos de 4 cm, e não causam sintomas. No entanto, quando eles são maiores ou têm capacidade de produzir hormônios de forma autônoma, podem provocar alterações clínicas importantes.

É fundamental que, após o diagnóstico, o paciente passe por uma avaliação hormonal completa para identificar se esse adenoma é funcionante ou não. 

Esse é o primeiro passo para definir se será necessário algum tipo de intervenção ou apenas acompanhamento periódico.

Diferença entre adenoma adrenal funcionante e não funcionante

A principal diferença entre adenoma adrenal funcionante e não funcionante está na capacidade de produção hormonal. 

O adenoma não funcionante é aquele que não secreta hormônios em excesso e, na maioria das vezes, não causa sintomas, sendo acompanhado apenas com exames periódicos.

Já o adenoma funcionante produz hormônios de forma descontrolada, levando a quadros clínicos específicos, como:

  • Produção excessiva de cortisol, causando síndrome de Cushing, que se manifesta com aumento de peso, fraqueza muscular, estrias na pele, hipertensão e diabetes
  • Produção excessiva de aldosterona, levando ao hiperaldosteronismo primário, que provoca hipertensão resistente e baixa de potássio
  • Produção de andrógenos em excesso, que pode causar alterações hormonais, como crescimento de pelos, irregularidade menstrual ou características masculinas em mulheres

Para diferenciar se o adenoma é funcionante ou não, são necessários exames hormonais específicos, além da avaliação clínica. 

Essa distinção é fundamental, pois determina se o tratamento será conservador, com apenas acompanhamento, ou se haverá indicação cirúrgica para remoção da glândula adrenal afetada.

Entender essa diferença é crucial para evitar complicações de saúde relacionadas ao desequilíbrio hormonal.

Quando é necessário tratar e quais são as opções disponíveis

O tratamento do adenoma adrenal depende de dois fatores principais: se ele é funcionante ou não e o seu tamanho. 

Adenomas não funcionantes, menores que 4 cm e sem características suspeitas, geralmente não requerem cirurgia, sendo acompanhados com exames de imagem e avaliação hormonal periódica.

O tratamento é indicado quando:

  • O adenoma é funcionante, produzindo hormônios em excesso, independentemente do tamanho
  • O adenoma apresenta características suspeitas de malignidade na tomografia ou ressonância
  • O tamanho do adenoma é superior a 4 ou 5 cm, aumentando o risco teórico de transformação maligna, mesmo sendo não funcionante

As principais opções de tratamento incluem:

  • Cirurgia para remoção da glândula adrenal afetada (adrenalectomia), que pode ser feita por videolaparoscopia na maioria dos casos
  • Tratamento dos desequilíbrios hormonais antes e após a cirurgia, especialmente em casos de síndrome de Cushing ou hiperaldosteronismo
  • Acompanhamento rigoroso, nos casos em que não há indicação cirúrgica, com exames anuais de imagem e dosagem hormonal

A decisão deve ser tomada em conjunto com um endocrinologista e um cirurgião especializado, levando em conta os riscos, os benefícios e as condições clínicas do paciente.

Dra. Milena Miguita
CRM: 141.465 – RQE: 56848
Atendimento humanizado e a prezar pelo bem-estar do paciente. Esses são os focos da clínica de endocrinologia da Dra. Milena Miguita.

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