Hipopituitarismo

HOMEPATOLOGIAS
Hipopituitarismo

Doença endocrinológica resultante da disfunção da hipófise, uma importante glândula do organismo humano

O hipopituitarismo é uma doença endócrina resultante da disfunção da glândula pituitária, também chamada de glândula hipófise, uma pequena estrutura localizada na base do cérebro, responsável por produzir e liberar diversos hormônios essenciais para o funcionamento adequado do organismo. Essa glândula desempenha um papel crucial no controle de várias funções vitais, como o crescimento, metabolismo, função reprodutiva, resposta ao estresse e regulação da pressão arterial.

Quando ocorre uma lesão ou disfunção na hipófise, pode haver uma redução na produção e secreção de um ou mais hormônios, levando ao quadro de hipopituitarismo. As causas mais comuns dessa condição incluem tumores, trauma, infecções de sistema nervoso central, doenças genéticas e doenças autoimunes que afetam a glândula pituitária.

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O que é hipopituitarismo?

Conforme já mencionado, o hipopituitarismo pode ser resumido como uma patologia caracterizada pela deficiência na produção e secreção de um ou mais hormônios pela glândula pituitária, localizada na base do cérebro. Esta é conhecida como a “glândula mestra” do corpo, pois regula a atividade de outras glândulas endócrinas e desempenha um papel fundamental no controle de várias funções do organismo.

Sinais e sintomas do hipopituitarismo

Dentre os principais sinais e sintomas associados ao hipopituitarismo, podemos destacar alguns abaixo. Atente-se a eles para buscar orientação médica:

  • Fadiga e fraqueza;
  • Perda de peso;
  • Redução da massa muscular;
  • Redução da massa óssea;
  • Baixa pressão arterial;
  • Ausência de menstruação;
  • Infertilidade;
  • Perda de libido e disfunções sexuais;
  • Sensação de frio constante;
  • Aumento da sede e da diurese;
  • Alterações na visão.
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Causas e fatores de risco do hipopituitarismo

O hipopituitarismo pode ser causado por várias situações que afetam a glândula pituitária ou o hipotálamo. Entre as principais causas estão os tumores benignos que crescem na hipófise e são chamados de adenomas. Esses tumores podem comprimir e danificar a glândula, resultando na redução da produção hormonal.

Traumas cranianos e neurocirurgias também podem danificar a hipófise e causar o hipopituitarismo. Outras causas incluem infecções que acometem o sistema nervoso central, doenças autoimunes que afetam a glândula pituitária, como a hipofisite autoimune, e a radioterapia direcionada à região da cabeça para o tratamento de tumores ou outras enfermidades.

Alguns fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolver hipopituitarismo, como a presença de histórico familiar de condições hipofisárias, já que doenças genéticas são uma causa de hipopituitarismo, em especial quando os sintomas iniciam mais precocemente na infância.

Doenças granulomatosas, como a sarcoidose, e doenças de depósito como a hemocromatose, também podem resultar em disfunção da hipófise e causar deficiências hormonais.

Diagnóstico do hipopituitarismo

O diagnóstico do hipopituitarismo envolve uma avaliação detalhada do histórico médico do paciente, análise dos sintomas apresentados e a realização de exames laboratoriais e de imagem.

O primeiro passo é a obtenção de informações sobre a história clínica do paciente, incluindo sintomas específicos, histórico de doenças ou traumas na região da cabeça, bem como o uso de medicamentos que possam estar associados ao desenvolvimento desta condição.

Os exames laboratoriais desempenham um papel crucial no diagnóstico, pois é essencial medir os níveis de hormônios produzidos pela hipófise para confirmar o hipopituitarismo. São realizados testes para avaliar a produção dos hormônios da hipófise e das glândulas que são diretamente afetadas, como a adrenal, tireoide e gônadas.

Os hormônios mais comumente avaliados incluem:

  • Hormônio do crescimento e IGF-1;
  • Hormônio tireoestimulante (TSH);
  • Hormônios tireoidianos (T3 e T4);
  • Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH);
  • Cortisol sérico;
  • Hormônios sexuais (estradiol em mulheres e testosterona em homens);
  • Hormônio folículo-estimulante (FSH);
  • Hormônio luteinizante (LH) que estão envolvidos na regulação da função reprodutiva;
  • Prolactina. 

Além disso, faz parte da investigação, a realização de um exame de imagem da região da hipófise, como uma tomografia ou ressonância magnética.

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Tratamento do hipopituitarismo

O tratamento do hipopituitarismo é focado na reposição dos hormônios deficientes para restaurar o equilíbrio hormonal do organismo. A terapia é personalizada, baseada na extensão da deficiência hormonal e nas necessidades específicas de cada paciente. Geralmente, o tratamento envolve a administração de medicamentos hormonais, que podem ser na forma de comprimidos, injeções, gel ou adesivos cutâneos.

O acompanhamento médico é fundamental para monitorar a resposta do paciente ao tratamento e fazer ajustes na dosagem dos medicamentos conforme necessário. Os níveis hormonais devem ser periodicamente verificados através de exames laboratoriais para garantir que a reposição está adequada e para evitar tanto deficiências quanto excessos hormonais.

Além da reposição hormonal, o tratamento do hipopituitarismo pode necessitar de abordagens adicionais. Por exemplo, se um tumor estiver presente na hipófise, pode ser necessária a realização de um procedimento cirúrgico ou radioterapia para remover ou reduzir o tamanho do tumor.

A educação do paciente sobre a importância da adesão ao tratamento é essencial, já que a terapia hormonal pode ser necessária ao longo da vida. Pessoas com hipopituitarismo devem seguir rigorosamente as orientações médicas, fazer visitas regulares ao endocrinologista e relatar quaisquer sintomas novos ou alterações no bem-estar para que o tratamento seja continuamente ajustado para proporcionar a melhor qualidade de vida possível.

Com o tratamento adequado, os pacientes com hipopituitarismo levam uma vida saudável e funcional, minimizando os efeitos da deficiência hormonal e suas complicações associadas.

Como a Dra. Milena Miguita pode ajudar?

Médica especializada em endocrinologia, a Dra. Milena Miguita tem a experiência e conhecimento necessários para ajudar no tratamento não só do hipopituitarismo como de outras condições metabólicas e endócrinas.

Saiba mais sobre esse e demais tratamentos realizados pela Dra. Milena Miguita.

Fonte:

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

Uptodate

Hormonal Replacement in Hypopituitarism in Adults: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2016 Nov;101(11):3888-3921

Dra. Milena Miguita
CRM: 141.465 – RQE: 56848
Atendimento humanizado e a prezar pelo bem-estar do paciente. Esses são os focos da clínica de endocrinologia da Dra. Milena Miguita.

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