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Adenomas na hipófise

Imagem de um raio-x da cabeça.

Saiba mais sobre tumores que podem afetar essa pequena glândula localizada na base cerebral

A hipófise é uma pequena glândula localizada na base do cérebro, responsável pela regulação de diversas funções corporais, como o crescimento, a reprodução e o metabolismo, por meio da produção e liberação de hormônios. Nesse artigo, falaremos mais sobre os adenomas na hipófise, sendo estes tumores que atingem o órgão.

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O que são adenomas de hipófise?

Os adenomas na hipófise são tumores benignos que se desenvolvem a partir das células da glândula e podem causar uma variedade de sintomas, dependendo do tamanho e da localização.

A incidência exata de adenomas na hipófise na população brasileira pode variar ao longo do tempo e em diferentes regiões do país, mas estudos epidemiológicos sugerem que esses tumores são relativamente comuns, representando uma parte significativa das patologias endócrinas e neurológicas, afetando pessoas de todas as idades.

Classificações e tipos de adenomas de hipófise

Os adenomas de hipófise são classificados de acordo com o tipo de células a partir das quais se originam e o seu comportamento. Abaixo, discorreremos sobre suas principais classificações.

Adenoma de hipófise funcional

Estes tumores representam a maioria dos adenomas na hipófise e secretam hormônios em excesso, levando a distúrbios endócrinos específicos. Os principais tipos de adenomas funcionais incluem:

  • Prolactinomas: secretam prolactina, causando hiperprolactinemia, que pode resultar em distúrbios menstruais, galactorreia (produção de leite não relacionada à amamentação) e disfunção sexual;
  • Adenomas de GH (hormônio do crescimento): produzem hormônio do crescimento em excesso, levando à acromegalia em adultos ou gigantismo em crianças, resultando em crescimento excessivo dos ossos e tecidos;
  • Adenomas de ACTH (hormônio adrenocorticotrópico): estimulam a produção de cortisol pelas glândulas suprarrenais, causando a chamada síndrome de Cushing.

Adenoma de hipófise não funcional

Esses adenomas não secretam hormônios em quantidades significativas, mas podem causar sintomas devido à pressão que exercem sobre as estruturas vizinhas, como o nervo óptico. Não têm uma atividade hormonal claramente identificável.

Adenomas de hipófise silenciosos

Esses tumores não secretam hormônios em níveis detectáveis e podem não causar sintomas endócrinos óbvios. Eles são chamados de “silenciosos” porque não levam a distúrbios hormonais evidentes, mas ainda podem causar problemas devido ao seu tamanho ou compressão de determinadas áreas.

Adenomas agressivos (invasivos ou carcinomas)

Embora a maioria dos adenomas na hipófise seja benigno, alguns podem se comportar de maneira mais agressiva, infiltrando-se nos tecidos circundantes. São raros, mas podem ser mais difíceis de tratar e têm maior probabilidade de recorrência.

Causas e fatores de risco dos adenomas de hipófise

Fatores genéticos podem desempenhar um papel no surgimento dos adenomas na hipófise, pois algumas pessoas têm uma predisposição genética para desenvolver esses tumores.

Além disso, mutações genéticas específicas foram, em alguns estudos, associadas a certos tipos de adenomas. A exposição à radiação craniana, especialmente em uma idade jovem, também é considerada um fator de risco, embora seja uma causa relativamente rara. No entanto, na maioria dos casos, a origem dos adenomas de hipófise permanece desconhecida.

Fatores de risco específicos podem variar dependendo do tipo de adenoma, como prolactinomas associados a distúrbios hormonais ou adenomas de GH relacionados a casos familiares de acromegalia.

Sinais e sintomas dos adenomas de hipófise

Os adenomas de hipófise podem causar uma variedade de sinais e sintomas, dependendo do tamanho, tipo e localização do tumor. Abaixo, estão listados alguns dos principais:

  • Distúrbios hormonais;
  • Problemas oftalmológicos;
  • Cefaleia;
  • Alterações de pressão arterial;
  • Distúrbios de crescimento e desenvolvimento em crianças e adolescentes;
  • Distúrbios do ciclo menstrual e infertilidade;
  • Fadiga e fraqueza muscular.

Diagnóstico dos adenomas de hipófise

O diagnóstico dos adenomas de hipófise necessita de uma combinação de exames clínicos, de imagem e laboratoriais. O primeiro passo, geralmente, é uma avaliação clínica minuciosa, em que a médica coleta informações sobre os sintomas do paciente e seu histórico de saúde.

Em seguida, são realizados exames laboratoriais para medir os níveis de hormônios no sangue, especialmente se houver suspeita de um adenoma funcional. Por exemplo, no caso de um prolactinoma, os níveis de prolactina são verificados.

Exames de imagem, como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC), são cruciais para localizar e avaliar o tamanho do tumor, bem como para determinar se ele está pressionando estruturas circundantes, como o nervo óptico.

O diagnóstico definitivo é baseado na combinação dessas informações clínicas, laboratoriais e de imagem, permitindo à médica determinar o tipo de adenoma, seu tamanho e sua localização, o que orientará o plano de tratamento adequado. O acompanhamento regular é fundamental para monitorar a progressão dos adenomas de hipófise e ajustar o tratamento conforme necessário.

Tratamento de adenomas de hipófise

Em muitos casos, o tratamento inicial envolve o uso de medicamentos para controlar os níveis hormonais e reduzir os sintomas. Por exemplo, prolactinomas geralmente respondem bem a medicamentos dopaminérgicos, que inibem a produção de prolactina.

Adenomas de GH podem ser tratados com análogos de somatostatina ou antagonistas do receptor de GH. No entanto, em alguns casos, a cirurgia é necessária para remover o tumor, especialmente quando ele é grande, exerce pressão sobre estruturas vizinhas, não responde aos medicamentos ou quando há preocupações com a malignidade. A cirurgia pode ser realizada por via transesfenoidal, minimamente invasiva, na maioria dos casos.

Prevenção de adenomas de hipófise

A prevenção em si não é bem estabelecida, pois a maioria desses tumores não tem causas ou fatores de risco claramente identificados que possam ser evitados por meio de ações específicas. No entanto, a conscientização sobre os sintomas e a busca por atendimento médico adequado são fundamentais para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

Indivíduos com histórico familiar de adenomas de hipófise ou distúrbios endócrinos devem estar particularmente atentos a sinais e sintomas sugestivos e procurar avaliação médica regularmente. Além disso, a exposição à radiação craniana, especialmente em idade jovem, foi associada a um maior risco de desenvolver adenomas de hipófise.

Saiba mais sobre esse e demais tratamentos realizados pela Dra. Milena Miguita. Agende sua consulta!

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia: SBEM

Dra. Milena Miguita