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Prolactinoma: causas, sintomas e tratamento

Imagem ilustrando um raio-x de cérebro.,

Tumor da hipófise que atinge as células que produzem prolactina, importante hormônio que atua na regulação da produção do leite materno

Prolactinomas são os tumores benignos mais comuns da hipófise. A hipófise é uma glândula localizada em uma cavidade óssea sob a base do cérebro e é responsável por secretar substâncias que regulam o funcionamento das outras glândulas endócrinas do corpo.

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O que são os prolactinomas?

Os prolactinomas são tumores benignos que acometem as células lactotróficas. Estas células estão localizadas na hipófise e são responsáveis pela produção de prolactina, um hormônio que atua na produção de leite materno e, quando em excesso, causa inibição da ação de hormônios sexuais femininos e masculinos.

O desenvolvimento de um prolactinoma se dá a partir do momento em que as células começam a se reproduzir de maneira desordenada, formando o tumor. Como já citado, é um tumor benigno designado como adenoma. A doença pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, sendo mais comum em mulheres em idade reprodutiva (entre os 20 e os 40 anos).

Quais são os tipos de prolactinoma?

De forma geral, o prolactinoma pode ser classificado de duas formas, de acordo com seu tamanho:

Microprolactinoma

Para ser classificada como microprolactinoma, a lesão tumoral precisa ter menos que 10 milímetros. Muitos casos de microprolactinoma não costumam crescer além deste tamanho, e o tratamento costuma ter foco maior no controle da dosagem de prolactina e outros sintomas.

Macroprolactinoma

Os macroprolactinomas são os tumores desse tipo que têm 10 milímetros ou mais de diâmetro. Nestes casos, por causa do tamanho da lesão, o tratamento tem foco principal em sua redução, além do controle hormonal e sintomático.

Quais são os sinais e sintomas do prolactinoma?

Os sinais e sintomas do prolactinoma estão principalmente associados ao excesso de produção de prolactina (hiperprolactinemia) e costumam se instalar de forma gradual. Como o excesso de prolactina prejudica a produção dos hormônios sexuais, uma parte dos sintomas está relacionada à privação de estrogênio em mulheres e testosterona nos homens.

Nos homens, os principais sintomas de prolactinoma são:

  • Disfunção erétil;
  • Aumento de tamanho e sensibilidade das mamas;
  • Saída de líquido das mamas;
  • Impotência e diminuição do desejo sexual.

Os sintomas nas mulheres incluem:

  • Irregularidade menstrual ou amenorreia (ausência de menstruações);
  • Ressecamento vaginal, com consequente dor durante as relações sexuais;
  • Produção de leite sem estar ou ter estado grávida recentemente (galactorreia);
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Acne e aumento de pelos;
  • Fogachos (ondas de calor).

Além da redução de libido e saída de líquido pelas mamas, outros sintomas também podem ocorrer em ambos os sexos, como redução da densidade óssea (osteopenia e osteoporose), infertilidade e ganho de peso.

Dores de cabeça e alterações visuais são sintomas que podem ocorrer em casos de prolactinomas maiores que causam compressões nervosas.

Menos comumente, quando o prolactinoma acomete crianças, a deficiência dos hormônios sexuais compromete o desenvolvimento sexual e atrasa o início da puberdade.

Quais são as causas e fatores de risco do prolactinoma?

Assim como os outros adenomas hipofisários, a maioria dos prolactinomas não tem causas exatas. Na maioria dos casos, são tumores que aparecem de forma esporádica.

Mais raramente, os prolactinomas podem ter causa genética e estarem associados a uma condição chamada de neoplasia endócrina múltipla do tipo 1.

Como diagnosticar o prolactinoma?

O diagnóstico do prolactinoma deve ser feito por um médico endocrinologista, que deverá avaliar os sintomas apresentados pelo paciente, bem como sua história clínica, e associá-los aos resultados de exames que verificam as dosagens de prolactina.

É sempre importante descartar outras causas de aumento de prolactina como gestação, estresse, uso de medicações e doenças como insuficiência renal crônica, cirrose, hipotireoidismo descompensado e síndrome dos ovários policísticos.

Além disso, exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, também podem ser indicados. Assim, é possível medir a lesão, classificá-la e, a partir disso, estabelecer o método de tratamento mais adequado para o paciente.

Como é o tratamento do prolactinoma?

A escolha do tratamento para prolactinomas depende do tamanho do tumor, dos sintomas relacionados e da possibilidade de compressão de outras estruturas.

Na maior parte dos casos, é possível obter controle de sintomas e redução do tamanho do tumor com o uso de medicamentos chamados de agonistas de dopamina, que regulam os níveis de prolactina. A principal medicação prescrita é a cabergolina.

Alguns pacientes, principalmente quando diagnosticados com macroprolactinomas muito grandes, podem não atingir uma redução importante do tamanho do tumor ou mesmo podem apresentar sintomas compressivos e redução importante do campo visual. Nestes casos, pode ser recomendado tratamento cirúrgico e, nos casos refratários, a radioterapia pode ser necessária.

Quais complicações o prolactinoma pode causar?

As complicações causadas por um prolactinoma estão diretamente relacionadas ao tamanho do tumor e aos níveis de prolactina. Hipogonadismo (deficiência dos hormônios sexuais), osteoporose, ganho de peso e infertilidade são algumas complicações possíveis, mas que são reversíveis na maior parte dos pacientes após a realização de um tratamento adequado que reduza os níveis de prolactina.

Além disso, os macroprolactinomas podem causar compressão do quiasma óptico, resultando em perda de visão, que infelizmente pode ser irreversível. Tumores grandes também têm o potencial de lesar a hipófise e levar a deficiência de outros hormônios que são produzidos por essa glândula.

Como uma endocrinologista pode auxiliar no tratamento do prolactinoma?

Por ser a especialidade médica indicada para o diagnóstico e tratamento médico de doenças relacionadas às alterações hormonais e do metabolismo, o médico endocrinologista é o mais preparado para lidar com o prolactinoma e suas manifestações.

Com o apoio da endocrinologista, é possível não somente diagnosticar corretamente o tumor, mas estabelecer o melhor tratamento para o paciente considerando suas necessidades individuais, possibilitando o ajuste das dosagens hormonais de forma correta em busca do alívio dos sintomas.

Saiba mais sobre esse e demais tratamentos realizados pela Dra. Milena Miguita. Agende sua consulta!

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Uptodate

Melmed S, Casanueva FF, Hoffman AR, et al. Diagnosis and treatment of hyperprolactinemia: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab 2011; 96:273.