A obesidade é o principal fator de risco associado à síndrome metabólica
A síndrome metabólica (SM) corresponde a um conjunto de condições crônicas que, juntas, aumentam em até três vezes o risco de morte por doenças cardiovasculares e em duas vezes a mortalidade por causas gerais. Assim, obesidade e síndrome metabólica são dois diagnósticos que caminham juntos, visto que a obesidade causa um aumento da resistência insulínica – o principal mecanismo fisiopatológico dessa síndrome.
O que é obesidade?
O principal critério utilizado para definir a obesidade é o IMC (índice de massa corporal), que é calculado a partir da relação entre o peso e altura de uma pessoa. Porém, embora um indivíduo com IMC maior ou igual a 30 seja considerado portador de obesidade, esse índice não permite diferenciar o percentual de massa magra e a gordura visceral. Portanto, a medida da circunferência abdominal e do quadril são outros critérios que ajudam a identificar o paciente com obesidade e síndrome metabólica.
Além disso, mulheres cuja cintura tem um perímetro maior que 88 cm e homens com mais de 102 cm também podem ser classificados como tendo excesso de gordura visceral, o que é dos critérios para o diagnóstico da síndrome metabólica.
Quais as causas?
As causas da obesidade estão relacionadas principalmente a um desequilíbrio entre o consumo e o gasto de energia, o que pode ocorrer por:
- Hábitos alimentares inadequados;
- Falta de atividade física;
- Fatores genéticos;
- Condições médicas subjacentes;
- Influências ambientais.
O que é síndrome metabólica?
A síndrome metabólica é caracterizada por um conjunto de condições médicas que aumentam o risco de uma pessoa desenvolver doenças cardiovasculares (como o infarto e o AVC), diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde que aumentam as taxas de mortalidade. Isso ocorre porque o indivíduo com SM apresenta maior resistência à insulina, fazendo com que o pâncreas produza uma quantidade ainda maior desse hormônio.
Assim, obesidade e síndrome metabólica são condições que estão intrinsecamente relacionadas, visto que indivíduos com obesidade apresentam uma camada de gordura abdominal e visceral que dificulta a ação da insulina nas células. Dessa forma, qualquer pessoa com ao menos três dos seguintes fatores recebem o diagnóstico de síndrome metabólica, segundo o Ministério da Saúde:
- Homens com cintura > 102 cm e mulheres com cintura > 88 cm;
- Hipertensão arterial (uso de medicação para controle da pressão ou pressão ≥ 135×85 mmHg);
- Diabetes diagnosticada ou glicemia de jejum ≥ 99 mg/dl;
- Triglicérides ≥ 150 mg/dl;
- HDL < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres.
Pacientes com síndrome metabólica podem não ter sintomas, o que pode atrasar o diagnóstico ou, ainda pior, fazer com que muitos desses pacientes não entendam a gravidade do quadro.
Quais as causas?
Dado que a síndrome metabólica é causada pelos critérios acima descritos, pode-se relacioná-la a fatores genéticos, estilo de vida sedentário, obesidade, dieta pouco saudável e ao próprio processo de envelhecimento.
Qual a relação entre obesidade e síndrome metabólica?
O excesso de gordura corporal, especialmente quando concentrado na região abdominal, está associado a um aumento da resistência insulínica e a outros distúrbios metabólicos. Assim, é fácil entender por que obesidade e síndrome metabólica estão intimamente ligadas, e que a perda de peso é uma das formas de tratar essa condição.
Fatores de risco compartilhados entre obesidade e síndrome metabólica
Alguns dos fatores de risco compartilhados entre obesidade e síndrome metabólica incluem:
- Dieta desbalanceada e rica em açúcares e gorduras;
- Falta de atividade física;
- Maior predisposição genética;
- Envelhecimento;
- Outros distúrbios metabólicos.
Tratamentos para obesidade e síndrome metabólica
O pilar para o tratamento da obesidade e síndrome metabólica é a mudança no estilo de vida, que inclui dieta equilibrada, aumento da atividade física, controle do peso, medicamentos quando necessário e, em situações mais severas, a cirurgia bariátrica. Além disso, tratar as condições crônicas associadas – como o diabetes, pressão alta e alterações lipídicas – é uma forma de reduzir complicações e tentar controlar os riscos cardiovasculares.
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Fontes:
Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica – ABESO