São comuns diagnósticos de nódulos, benignos ou malignos, na glândula que produz hormônios essenciais ao funcionamento do corpo
Receber o diagnóstico de nódulo na tireoide é motivo de desespero para muitos pacientes, pelo medo de se tratar de uma doença grave. Ao avaliar o paciente, o médico vai determinar a causa e o tratamento a ser seguido, de acordo com a natureza dos resultados dos exames.
Como a tireoide é uma glândula de suma importância para o corpo, já que regula a função de vários órgãos e produz hormônios essenciais a vida, é importante estar sempre atento às condições ideais de seu funcionamento e buscando tratamento adequado para qualquer problema, como os nódulos na tireoide.
O que é a tireoide?
A tireoide é uma glândula com formato semelhante ao de uma borboleta localizada na parte anterior do pescoço. É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem como principal função a liberação de hormônios que regulam o metabolismo e mantém o funcionamento normal dos órgãos.
Além disso, os hormônios tireoidianos são essenciais para o crescimento das crianças, fertilidade, saúde cardiovascular, funções cognitivas, entre outros.
Alguns problemas de saúde relacionados à tireoide são o hipotireoidismo, que ocorre quando a glândula não produz quantidade suficiente de hormônios ou, de modo contrário, o hipertireoidismo quando a tireoide produz quantidade excessiva de hormônios.
Muitas pessoas conhecem o bócio, popularmente conhecido como papada, que é um aumento não tumoral da tireoide.
Há também os nódulos na tireoide, que podem ser palpados pelo médico ao examinar a tireoide ou mesmo podem surgir de forma acidental em um exame de rotina. Muitas vezes, esses nódulos são motivo de preocupação pelo medo de que possam evoluir para uma doença mais grave, como o câncer de tireoide. Mas nem todos os nódulos são perigosos.
O que são nódulos na tireoide?
Nódulos na tireoide são massas de tecido que cresceram além do normal ou mesmo um cisto cheio de líquido que se forma na tireoide.
Uma pessoa adulta com mais de quarenta anos de idade tem mais chances de desenvolver nódulos na tireoide do que uma pessoa mais jovem. Metade das pessoas com mais de 60 anos de idade pode ter nódulos na tireoide. Felizmente, a maioria deles é benigna. Apenas 10% a 15% são nódulos malignos.
Quais as causas de nódulos na tireoide?
O mecanismo de formação dos nódulos na tireoide ainda não é totalmente conhecido. O que se sabe a respeito desse tema é a associação dos nódulos na tireoide com a presença de mutações genéticas e com alguns fatores de risco como os listados abaixo:
- Histórico familiar
- Idade superior a 60 anos
- Exposição à radiação
- Doenças prévias na tireoide (como tireoidites autoimunes)
- Carência de iodo
- Tabagismo
- Obesidade e síndrome metabólica
Sintomas dos nódulos na tireoide
A maioria dos nódulos na tireoide não causa sintomas. As pessoas costumam descobrir a existência de tais alterações quando fazem exames de rotina.
Ainda assim, nódulos que crescem descompassadamente ou que afetam o funcionamento da própria tireoide ao produzir quantidade excessiva de hormônios podem causar alguns sintomas, como:
- Inchaço no pescoço;
- Perda de peso;
- Taquicardia ou batimentos cardíacos acelerados;
- Transpiração e tremores excessivos;
- Ansiedade;
- Mais raramente, quando temos nódulos muito grandes ou bócio mergulhante, falta de ar e dificuldade para engolir.
A maioria dos nódulos na tireoide é pequena e não palpável, isto é, não consegue ser sentido ao toque da glândula no exame físico. Esses nódulos são diagnosticados apenas com a realização de exames de imagem.
Tratamento de nódulos na tireoide
O médico endocrinologista realiza a palpação da tireoide no exame físico do paciente no consultório. Se forem identificadas alterações na palpação da glândula ou se o paciente apresentar fatores de risco, a avaliação é complementada com exames de imagem e exames laboratoriais.
O principal exame de imagem para identificar nódulos na tireoide é o ultrassom. A depender das características do nódulo e dos resultados dos exames de função tireoidiana, outros exames complementares podem ser necessários, como a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e a cintilografia. A partir desses resultados, o médico endocrinologista interpreta o conjunto dos achados e determina o tratamento a ser seguido.
Geralmente, nódulos benignos não precisam de tratamento específico, devendo ser realizado apenas um acompanhamento periódico — geralmente em períodos de 6 a 12 meses. Quando nódulos benignos causam sintomas por serem grandes ou por alterarem os hormônios tireoidianos, será indicado tratamento específico para cada caso.
Já os nódulos malignos precisam de mais atenção e na maioria dos casos é indicada a remoção cirúrgica.
Quando estamos diante de nódulos indeterminados, a conduta deve ser individualizada a depender das características do nódulo, possibilidade de realização de painéis moleculares e vontade do paciente, podendo também ser indicado a remoção dos nódulos na tireoide em alguns casos.
Um bom funcionamento do corpo está ligado ao bom funcionamento de suas glândulas. Saiba mais sobre esse e demais tratamentos realizados na clínica de endocrinologista Dra. Milena Miguita.
Fontes: