Hormônios sexuais: Impacto no colesterol e na saúde cardiovascular

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Hormônios sexuais: Impacto no colesterol e na saúde cardiovascular

Os níveis hormonais de testosterona e estrogênio vão muito além da saúde reprodutiva. Eles também afetam diretamente o colesterol e o risco de doenças cardiovasculares.

Neste artigo, explicamos como o desequilíbrio hormonal pode impactar a saúde do coração em homens e mulheres, e quais cuidados são necessários em cada fase da vida.

A relação entre hormônios sexuais, colesterol e risco cardiovascular

Os hormônios sexuais, como a testosterona e o estrogênio, exercem influência direta sobre os níveis de colesterol e o risco cardiovascular tanto em homens quanto em mulheres. A deficiência de testosterona, por exemplo, está associada a um maior risco cardiovascular nos homens. Isso ocorre porque níveis baixos desse hormônio tendem a piorar a composição corporal, favorecendo o acúmulo de gordura abdominal (visceral), que gera inflamação e resistência à insulina. Além disso, há uma diminuição da massa muscular, o que também impacta negativamente o perfil lipídico, elevando o risco de aterosclerose – acúmulo de placas de gordura nas artérias – e, consequentemente, eventos como infarto e AVC.

Os perigos do excesso de testosterona

Assim como a deficiência, o excesso de testosterona também representa riscos. Quando os níveis desse hormônio ultrapassam os valores considerados fisiológicos — o que pode acontecer com o uso indiscriminado de anabolizantes para ganho de massa muscular — há um aumento significativo do colesterol LDL, conhecido como colesterol ruim. Esse aumento favorece a deposição de gordura nas paredes arteriais, elevando o risco de infarto e derrame cerebral. Esse alerta vale tanto para homens quanto para mulheres que utilizam formulações hormonais com esse fim, especialmente em ambientes de academia. Nas mulheres, a elevação da testosterona também está associada a maior risco cardiovascular.

O papel protetor do estrogênio nas mulheres

O estrogênio exerce uma função protetora no sistema cardiovascular feminino. Durante a fase reprodutiva, essa proteção se reflete em níveis melhores de colesterol. No entanto, quando as mulheres entram no climatério e na menopausa, com a queda natural dos níveis hormonais, ocorre uma redução do HDL (colesterol bom) e um aumento do LDL (colesterol ruim). Isso contribui para a formação de placas nas artérias e o aumento do risco de eventos cardíacos, como o infarto. Por esse motivo, a fase da menopausa é um marco importante no risco cardiovascular feminino.

Cuidados e condutas recomendadas

Diante disso, é fundamental manter os níveis hormonais dentro dos valores fisiológicos. Para os homens, isso significa avaliar e tratar a deficiência de testosterona com responsabilidade, evitando o uso de doses excessivas. Já para as mulheres, a reposição hormonal pode ser uma opção válida durante a menopausa, desde que bem indicada e sem contraindicações. Essa conduta pode contribuir para melhorar os níveis de colesterol e reduzir os riscos cardiovasculares. Em ambos os casos, o acompanhamento médico e um estilo de vida saudável são essenciais para manter a saúde do coração em dia.

Dra. Milena Miguita
CRM: 141.465 – RQE: 56848
Atendimento humanizado e a prezar pelo bem-estar do paciente. Esses são os focos da clínica de endocrinologia da Dra. Milena Miguita.

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