Tudo sobre hipogonadismo masculino

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Tudo sobre hipogonadismo masculino

Conheça as causas e como é realizado o diagnóstico e tratamento desta condição

A testosterona é o principal hormônio masculino. Sua produção oscila durante todo o dia, sendo mais alta entre a meia noite e as 8 horas, e mais baixa entre as 16h e as 20h. Além disso, a produção deste hormônio é maior no período que compreende o desenvolvimento fetal até os primeiros seis meses de vida.

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Durante a infância, há quase uma queda total na produção, que volta a aumentar na adolescência, fase em que a testosterona é fundamental para o desenvolvimento dos caracteres secundários e pelo estirão do crescimento. Já no envelhecimento, os níveis do hormônio começam a cair.

Quando o corpo não produz uma quantidade suficiente deste hormônio, temos uma condição chamada de hipogonadismo masculino. Saiba mais sobre neste artigo.

O que é hipogonadismo masculino?

O hipogonadismo masculino é uma condição na qual o corpo não produz uma quantidade adequada do hormônio testosterona, que desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento masculino durante a puberdade.

Existem dois tipos de hipogonadismo masculino:

  • Primário: também conhecido como insuficiência testicular primária, tem origem em um problema nos testículos;
  • Secundário: esse tipo de hipogonadismo masculino tem origem em uma alteração no hipotálamo ou na hipófise — partes do cérebro que sinalizam os testículos para produzir testosterona;
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Quais são as causas e fatores de risco?

O hipogonadismo masculino pode ter diversas causas e fatores de risco, que incluem:

  • Lesão testicular (trauma);
  • Infecções;
  • Tratamento de radioterapia ou quimioterapia para câncer;
  • Uso de medicamentos, como analgésicos opiáceos e corticosteroides;
  • Distúrbios hormonais (tumores ou doenças hipofisárias, altos níveis de prolactina);
  • Doenças crônicas, como doença hepática e renal, obesidade, distúrbios do sono, diabetes tipo 2, HIV;
  • Uma condição genética (síndrome de Klinefelter, hemocromatose, síndrome de Kallmann);
  • Uso de esteroides anabolizantes;
  • Envelhecimento.

Doenças que causam o hipogonadismo masculino

Existem algumas doenças que levam a um aumento do risco de hipogonadismo masculino, como: diabetes, obesidade, AIDS, insuficiência renal, bronquite, artrite reumatoide, anorexia nervosa, alcoolismo, doença hepática crônica e doenças agudas.

Relação entre hipogonadismo masculino e obesidade

O hipogonadismo masculino tem relação direta com a obesidade. Homens com obesidade visceral têm cinco vezes mais chance de ter falta de testosterona do que homens magros. A explicação para isso é multifatorial e inclui o processo inflamatório gerado pela obesidade, a resistência à insulina e o fato de que a célula gordurosa converte a testosterona no hormônio feminino estrogênio.

Relação entre hipogonadismo masculino e diabetes

Estudos mostram que existe uma forte relação entre a queda da produção de testosterona e a resistência à insulina. Níveis baixos de testosterona levariam ao aumento do tecido adiposo e da circunferência abdominal. Com isso, existe uma maior probabilidade de o indivíduo desenvolver resistência à insulina e, se não tratado, o diabetes.

Além disso, pacientes com os níveis baixos de testosterona têm maior dificuldade em manter os níveis de açúcar no sangue controlados. O inverso também ocorre, ou seja, pacientes com descontrole na glicemia apresentam queda na produção de testosterona.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico é feito inicialmente por um exame de sangue para medir o nível de testosterona. Se o exame de sangue confirmar um baixo nível de testosterona, testes adicionais podem determinar a origem do problema, ou seja, um distúrbio testicular ou uma doença na hipófise. Entre os exames que podem ser realizados, estão:

  • Testes hormonais;
  • Análise do sêmen;
  • Estudos genéticos;
  • Biópsia testicular;
  • Exames de imagem (ultrassom, ressonância magnética ou tomografia computadorizada).

Como tratar o hipogonadismo masculino?

O hipogonadismo masculino pode ser tratado com o uso de terapia de reposição de testosterona prescrita pelo médico. A medicação pode ser administrada por meio de injeções ou gel aplicado na pele.

Embora a terapia de reposição de testosterona seja a principal opção de tratamento, algumas condições que causam hipogonadismo masculino, como obesidade, podem ser reversíveis sem terapia com testosterona.

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Fontes:

Mayo Clinic

Endocrine Society

Sociedade Brasileira de Urologia

Referências

Dra. Milena Miguita
CRM: 141.465 – RQE: 56848
Atendimento humanizado e a prezar pelo bem-estar do paciente. Esses são os focos da clínica de endocrinologia da Dra. Milena Miguita.

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