O tratamento do diabetes deve ser orientado por um especialista, e sempre inclui planejamento alimentar e controle da glicemia
Diabetes é uma doença causada pela deficiência na produção de insulina e pela resistência a ação desse hormônio, que tem a função de regular a glicose no sangue e transformá-la em fonte de energia para o organismo. O tratamento do diabetes é fundamental para evitar consequências graves ao paciente, tais como prejuízo à visão, ao funcionamento dos rins e o desenvolvimento mais acelerado de aterosclerose.
O tratamento do diabetes envolve uma série de cuidados com a alimentação, saúde física geral e controle regular dos níveis de açúcar no sangue. Esta é uma doença crônica, que requer atenção constante por parte do paciente, e o ideal é que ele seja devidamente acompanhado por um médico endocrinologista, especializado justamente no tratamento de doenças que afetam a secreção de hormônios.
Como é o tratamento para diabetes?
O tratamento do diabetes deve ser feito por um médico habilitado, uma vez que depende da correta identificação do tipo de diabetes e das condições clínicas individuais de cada paciente. Caso o paciente esteja em um quadro chamado de “pré-diabetes”, em que os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal, mas ainda não o suficiente para caracterizar a doença, os cuidados necessários são:
- Mudança nos hábitos alimentares;
- Prática de exercícios físicos;
- Controle do estresse;
- Redução do consumo de bebidas alcoólicas;
- Eliminação do tabagismo.
Nesta etapa, a melhora dos hábitos de vida e a perda de peso são essenciais, sendo possível evitar a progressão para um quadro de diabetes, prevenindo a evolução da doença e o desenvolvimento de complicações do diabetes.
Tratamento do diabetes tipo 1
Para pacientes com diabetes tipo 1, em que o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina, o tratamento é feito com a aplicação de doses diárias de insulina para manter a glicose do sangue em níveis considerados normais.
O esquema de tratamento com insulina pode ser realizado com múltiplas injeções por dia (insulina lenta ou basal associada a insulina rápida nas refeições) ou com uso de dispositivos de infusão contínua de insulina (também conhecido como “bombas de insulina”).
Além disso, é essencial que o paciente faça a aferição da glicemia capilar, para acompanhar a concentração de glicose no sangue em seu dia a dia e assim conseguir aplicar doses corretas de insulina. Esse processo pode ser realizado com aparelhos de medição de glicose tradicionais (“glicosímetros”) ou mais recentemente com uso de sensores que permitem a monitorização contínua de glicose sem necessidade de furar o dedo.
A adequação da dieta e a prática de exercícios físicos também são fundamentais para o tratamento do diabetes tipo 1.
Tratamento do diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2, por sua vez, é caracterizado pela resistência à insulina — fazendo com que o organismo não consiga manter os níveis glicêmicos dentro da normalidade. Esta é a forma mais frequente de diabetes, e seu tratamento inicial na maioria dos casos é feito com base no uso de medicamentos via oral, planejamento alimentar e prática de exercícios físicos. Com o decorrer do tempo e a evolução dessa condição, pode ser necessário o uso de insulina ou outras medicações injetáveis associadas às medicações via oral.
A escolha das medicações, sejam orais ou injetáveis, também é feita de forma individualizada, de acordo com a idade do paciente, a necessidade ou não de perder peso e a existência de doenças cardiovasculares ou problemas renais associadas ao diabetes.
A importância do acompanhamento médico especializado
O tratamento do diabetes não deve ser negligenciado, uma vez que esta é uma doença que pode trazer consequências ao organismo e à saúde geral do paciente. O diabetes tipo 2, por exemplo, é geralmente acompanhado por problemas de saúde como obesidade e hipertensão, duas condições que precisam ser devidamente acompanhadas. Além disso, quando o diabetes não é corretamente tratado, a doença pode trazer complicações como:
- Danos aos nervos periféricos;
- Problemas vasculares, podendo levar à necessidade de amputação;
- Doença renal, fazendo com que os rins percam sua capacidade de filtragem e fiquem sobrecarregados;
- Pé diabético, caracterizado pelo aparecimento de feridas de difícil cicatrização;
- Problemas oculares como a retinopatia;
- Pele sensível e mais suscetível a infecções e descamação;
- Alterações de humor, com complicações à saúde mental (ansiedade e depressão);
- Disfunções sexuais e propensão a infecções genitais.
Vale ressaltar que o tratamento adequado consegue prevenir o aparecimento de complicações e promover qualidade de vida aos pacientes.
O tratamento do diabetes deve ser sempre individualizado e de preferência acompanhado por um médico endocrinologista, que poderá identificar a melhor abordagem para cada caso e regular as doses de insulina ideais para o paciente.
Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Milena Miguita.
Fontes: